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quando a urbe vira mangue e nosso sangue, lama

by sukya || porno

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1.
Rua 03:25
Se todo esforço é em vão, como é que faz pra te agradar? Será que eu não sou bom, será que é o medo de eu largar O certo pra brincar Me guio pelo som, as ondas são o meu divã Eu sigo sem o teu afago, o mudo me faz crer Teu reconhecimeto é tudo que esperei surgir A Rua abraça minha percepção (nem todo dia é dia de cantar) Se eu reflito ela me estende a mão (isso não te leva a nenhum lugar) Minha integridade adverte: Já não escondo mais o vórtice de ideias que eu cultivo em mim Me diz o que é que eu faço pra ter tua aprovação Nada é suficiente e eu não vou parar Se tu quiser que eu cubra o lado que respira em mim A Rua abraça minha percepção (nem todo dia é dia de cantar) Se eu reflito ela me estende a mão (isso não te leva a nenhum lugar) A ginga da cidade revela: Quanto samba em vão, quantos outros quietos guardam arte pra si Não me rendo não, deve ser você que não entende de ouvir E quer me atingir
2.
(Intro) Vamos, não chores Destruí o nosso Desmoronei o nosso lar Mas me deixa entrar Tudo somado, devias Precipitar-te de vez nas águas Estás nu na areia, no vento Dorme, meu filho (Parte I) Soltei as rédeas que guiavam minha mente Como é bom não desejar estar em outro lugar A vida é mais bonita no presente Adiar o bem faz mal Foi a distância que mudou nossa estação E quem me levará sou eu Deixo o mar furado e volto para me refrescar Minha alma por hora fica sem pesar na cidade sem amor Mas a ausência fica firme onde eu for A ausência é um estar em mim E sinto-a branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres Porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim (Parte II) Eu tô trancado num seno fadado a oscilar Lembrando o tempo tão negro da serra E eu até voltei pra provar que venci mas fingi Jogo com as cartas que tenho E se eu não tenho mar, Tenho caminhos tão cegos, tão tortos Que podem levar a Pasárgada Sei lá, vou tentar E esse cinza no céu só da saudade daí E se eu deixasse o ouro e ficasse um pouco mais onde eu queria estar?
3.
fÓTONS 04:48
Sinto falta das tardes molhadas de ensino médio O tênis ensopado entrando no elevador do prédio As caras todas embebidas no tédio Os olhos se perdiam na janela do lado de fora Os olhos se perdiam nas tardes chuvosas Os olhos se perdem nas ruas e nas multidões Eu sou todos mas não sou eu, mas não sou eu Tudo está em seu devido lugar A vida me acordou e eu me esqueci de sonhar Em meu devido lugar Mas que falta faz me perder Em meio aos campos de centeio Os olhos se perdem na profundeza do penhasco O presente, as pessoas, o enjoo, e o asco Me embriago na escuridão que permeio Eu caí, e ninguém me apanhou Tudo está em seu devido lugar A vida me acordou e eu me esqueci de sonhar Em meu devido lugar A física me disse uma vez que fótons entrelaçados Sentem um ao outro mesmo por um globo separados Mas não demorou para vida me dizer um dia Que dois corações entrelaçados Não seriam o suficiente Aquela sala de aula Os olhos se mantinham em calma Aquelas fórmulas fáceis da vida
4.
Interlúdio 01:17
Mas não tem nada não Tenho meu violão Só choro se quiser
5.
Canvas 02:35
Natureza morta, permanece calada Apenas permanece Natureza torta, esquece de morrer Apenas vive Olhei-a, pintei-a Sereia na areia Me devora no Canvas Natureza porta finesse calada Apenas sente Natureza corta, aparece de triste Apenas resiste Olhei-a, pintei-a Guernica Um grito Espectador cravado na terra Se vê como réu Saliva mortal etérea Debaixo do sol tudo é inútil (como posso correr atrás do vento?) Natureza morta acontence ao homem Apenas tente
6.
(Parte III) Porque amou, porque a-mou Se sabia Proibido passear sentimentos Ternos ou desesperados, Ah PORQUE AMOU? E se queimou Todo por dentro por fora nos cantos nos ecos Lúgubres de você mesm(o,a) Irm(ã,o) retrato espéculo por que amou? A morte é esconsolável consolatrix consoadíssima A vida também Tudo também Mas o amor car(o,a) colega este não consola nunca de núncaras Se a maré vai puxar Não quero porto Já não navego mais Meu barco voa Esperança não traz paz Apodrece o cais. Desmorono quanto for Sigo (Acorda!) (Parte IV) O concreto esconde a luz Mas pavimenta novos rumos (Desponta um novo dia a cada bar e noite fria) Rompe a viga que nos une Como força cortante cisalha (Tijolo por tijolo num desenho trágico) Desmorono quanto for preciso Deixo o desejo estancado no limbo Para poder construir Algo que vai ruir Destruí

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O primeiro trabalho de sukya || porno, "quando a urbe vira mangue e nosso sangue, lama", foi gravado em 2016 de forma independente e reflete uma genuína "melancolia imigrante". Experimentando e dialogando com diversos gêneros, a turbulência sonora do EP revela diferentes fases de uma relação entre os integrantes do sukya e a metrópole que os abriga.

credits

released August 22, 2017

Produzido por sukya || porno

Giovani Baroni | guitarrista e vocalista
Luca Tornato | baixista e vocalista
Mardem Junior | baterista
Matheus Gonçalves | tecladista

Os poemas recitados são de autoria de Carlos Drummond de Andrade.

Arte por Lira Kim

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